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Mogli - Entre Dois Mundos aborda questões de pertencimento, meio ambiente e valores

Mais uma vez a clássica história de Rudyard Kipling ganha uma nova versão, dessa vez produzida pela Netflix, com o nome Mogli - Entre Dois Mundo, cheio de encantos e lições assim como a sua primeira versão em 1893.


A história que encanta crianças e adultos é sobre um menino que é criado em uma alcateia e ensinado por uma pantera chamada Bagheera e um urso chamado Baloo, a sobreviver na selva. O drama da narrativa ocorre em torno do tigre Shere Khan querendo matar Mogli desde quando ele era bebê e foi esquecido na selva. Na história outros personagens que se destacam também são a serpente Kaa e o líder da alcateia, Akelá.



Na animação produzida pela Disney em 1967, a versão dá um tom de leveza na produção, mostrando uma criança que se diverte e se mete em confusões ao aprender as leis da selva e a sobreviver em meio aquele mundo diferente, aspectos que foram levados também para o live-action produzido em 2016, características que fogem um pouco da narrativa original de Kipling. Para quem leu a história o enredo é um pouco mais tenso e misterioso do que na animação, e é nesse ponto que a nova versão se diferencia das outras.


Entre dois mundo


A obra é um verdadeiro ensinamento, tanto que é utilizada como fundo de cena no Movimento Escoteiro, para as crianças do Ramo Lobinho. A essência da história traz questões como respeito, liderança, amizade e muitos outros valores que são trabalhados durante a narrativa. Nessa nova versão ficou muito mais claro esses aspectos, dando bastante ênfase na questão do Mogli ser tratado com diferença por aqueles que considera seus iguais. São bastantes as cenas em que o menino aparece sendo rejeitado por alguns lobos e ele não entende porque eles o tratavam assim, sendo que ele se considerava um lobo também.


Como na história original, na nova versão ele acaba saindo da selva por ser se sentir rejeitado naquele meio e acaba indo viver com os humanos, e lá Mogli também sente a dor dessa rejeição, por não ser considerado um igual naquele meio. Ele fica nesse grande conflito entre os dois mundo, sabendo que ele não é visto nem como um lobo e nem como um ser humano.



Essa questão sem dúvida é o que traz esse clima mais tenso para o filme, nessa versão é mais explorado o lado bom e ruim tanto dos animais quanto dos humanos, Mogli acaba se sentindo perdido em meio a isso. Outra questão tratada no filme é sobre a interferência do ser humano na vida selvagem, o caçador interferindo na vida deles e causando uma guerra e desequilíbrio na vida selvagem.


Mesmo com todo esse conteúdo que traça um paralelo com a versão anterior, o filme é um ótimo meio de aprendizagem para as crianças, podendo ser debatido questões como bullying, pertencimento, meio ambiente, respeito e muitos outros aspectos. Com toda certeza os personagens irão te prender e você vai ficar vidrado até o fim dessa aventura, a releitura dos personagens ficaram ótimas, principalmente da Kaa, ela é quem começa narrando a história como se fosse um espírito da selva, possuindo um lado místico nessa versão, ela sabe todo passado e futuro da selva, e quando é questionada por Mogli sobre seu futuro ela diz: Nem lobo, nem homem e, ao mesmo tempo, ambos!


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