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Jardim Botânico promove preservação, pesquisa e não apenas lazer

Atualizado: 16 de abr. de 2020

O norte do Paraná oferece uma variedade de atrativos turísticos naturais com belezas deslumbrantes e Londrina conta com alguns pontos que são cartões postais para a cidade. São parques, jardins, praças e espaços de conservação para quem ama ter contato com a natureza e conta com uma grande variedade de plantas, flores, aves e animais silvestres. Em especial, encontramos na cidade o Jardim Botânico. Espaço com mais de 1 milhão de metros quadrados de mata nativa, nascentes e rios, que transforma o espaço em um cenário com várias belezas naturais.



Mas você sabia que o Jardim Botânico não é um parque de lazer? Apesar de o próprio nome diferenciar os dois espaços, muitas atividades são confundidas na hora da população usufruir desse ambiente, e por isso, algumas atividades de lazer não podem ser praticadas. Um jardim botânico é um local dedicado a cultivo, coleção de plantas, preservação de animais e serviços voltados para o público como visitas guiadas, exposições educativas e artísticas, salas de leitura, cinema, entre outras atividades que são realizadas de acordo com a estrutura de cada espaço.


O Jardim Botânico de Londrina é um importante espaço de pesquisa e conservação de espécies nativas e exóticas no Paraná. A finalidade do jardim é desenvolver pesquisas, conservar, preservar e promover a educação e o lazer ambiental, manter ativo o banco de espécies exóticas e a reserva genética de espécies nativas, registrar e documentar plantas e desenvolver ações e estratégias para promover a biodiversidade sustentável. A engenheira agrônoma e servidora do Jardim Botânico de Londrina, Patrícia Moreira Marques, explica qual a importância de preservação que o jardim comporta.



Quando são desenvolvidas atividades de lazer dentro de um jardim botânico, elas precisam conciliar com o que o espaço tem como finalidade. Atividades que degradem o meio ambiente e promovem poluição sonora, visual, atmosférica ou de qualquer tipo, são estritamente proibidas. Atividades simples como andar de bicicleta, jogar bola, soltar pipas e passear com o cachorro são exemplos de ações que não podem ser realizadas dentro desse espaço. "O grande problema em relação à visitação é que algumas pessoas ainda veem o espaço como um item de consumo, eu venho aqui para consumir natureza, e quando na verdade gostaríamos que esse fosse um espaço aonde as pessoas viessem para visitar, contemplar, admirar e aprender a respeitar, sem degradar" comenta Patrícia.


Essas regras não se aplicam apenas ao Jardim Botânico de Londrina, ela é uma forma de fazer com que esses espaços continuem sendo preservados e permaneçam como um espaço de pesquisa e conservação de espécies.



MÃO NA TERRA: PROJETOS ATIVOS NO JARDIM BOTÂNICO


Voluntário e alunos do projeto de extensão Sala Verde Sibipiruna UEL realizando plantio de mudas no Jardim Botânico (Fotos: Wellington Santana)

Como um dos objetivos de um jardim botânico é de pesquisa e conservação, o espaço promove alguns projetos que envolvem estagiários e voluntários. A estudante de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e voluntária do Jardim Botânico, Raquel Emi, auxilia no desenvolvimento desses projetos e conta o que está sendo realizado por lá em parceria com o projeto Sala Verde Sibipiruna da UEL.




NEM SÓ DE BELAS PAISAGENS VIVE O JARDIM


O Jardim Botânico de Londrina foi inaugurado em 2006 e contou com várias colaborações como o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), que cedeu um terreno de aproximadamente 70 hectares; à Associação Brasileira de Educação a Cultura (ABEC), que cedeu quase 21 hectares, entre outros parceiros. Devido a alguns problemas o jardim foi fechado e reaberto no final de 2013 com algumas adequações. Porém, os impasses ainda continuam surgindo. A ausência de uma autonomia administrativa é um dos principais problemas enfrentados pelo jardim, como explica Patrícia.



Além desse problema, o questão que chama a atenção é a estufa de vidro, que segue há anos sem ser concluída e também o fechamento do cinema, que tinha como objetivo passar vídeos para os visitantes sobre a fauna e flora da região. Esses problemas faz com que o Jardim Botânico não seja aproveitado em seu potencial máximo, e para Raquel o espaço poderia ser bem mais utilizado pela população. "Tem os lagos, tem a parte botânica, a parte paisagística, são muitos aspectos que poderiam ser mais explorados pela comunidade".


Para que o espaço possa atender a mais demandas, existe no Jardim Botânico vagas para serviço voluntariado, e quanto mais pessoas participando, melhores serão as condições e atividades do jardim. "Qualquer pessoa pode fazer esse contrato de voluntariado, basta ter tempo e disposição para auxiliar nas diversas atividades que tem aqui, mas principalmente em questão de viveiro, espécies, cultivo e manejo, pois são atividades bem recorrentes aqui no Jardim Botânico", comenta Raquel.


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